Não que eu queira ultrapassar a barreira, o fato é que não me contento com pouco.
Pouco remete à resto,
Um resto similar à agua da chuva que se aloja em buracos do asfalto depois da tempestade.
Prefiro me ariscar entre os raios e trovões, ouvir os estrondos e seus flashs, ver a expressão dos que correm com medo de se molhar, como se a chuva fosse diluir suas roupas até chegar ao cérebro, corroendo partícula-por-partícula, sem restar unha sequer.
Se quem tá na chuva é pra se molhar, não me escondo, me ensopo, rodopio e até danço, sem pressa, pois no final sei que tudo vai acabar.
Tempestade vem, mas passa.
Ai sim, sento-me em um canto qualquer, acendo meu cigarro e aclamo ao arco íris.
3 comentários:
adorei a parte dos rodopios e dançar na chuva, e claro. a fumada do final. voce é meu orgulho, eu amo seus textos
nunca se contente, nem com pouco e nem com muito, a vida é descobrir
tua cara! tua face limpa se mostrandoa quem quiser bater ou afagar. Poucas palavras mas gostei, não sei se bonitas por serem verdadeiras ou verdadeiras por serem belas.
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